quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Imperador Ras Tafari



HAILÉ SELASSIÉ ("O Poder da Trindade") nasceu sob o signo de Leão, em 23 de julho de 1892, com o nome de Tafari Makonnen e posteriormente foi conhecido como Ras Tafari. Regente da Etiópia de 1916 a 1930 e imperador daquele país africano de 1930 a 1974, era herdeiro de uma dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até o Rei Salomão e a Rainha de Sabá.

É uma figura crucial na história da Etiópia e da África. Considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 800 mil seguidores atualmente, os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari e Jah Rastafari.

Durante o seu governo, a repressão a diversas rebeliões entre as raças que compõem a Etiópia, além daquele que é considerado como o fracasso do país em se modernizar adequadamente, rendeu-lhe críticas de muitos contemporâneos e historiadores. Seu protesto na Liga de Nações, em 1936, contra o uso de armas químicas contra o seu povo por parte da Itália, foi não só um prenúncio do conflito mundial que se seguiria, mas também representou o advento do que se chamou de "refinamento tecnológico da barbárie", característica que veio a marcar as guerras do período. 


Selassié era um orador talentoso, e alguns de seus discursos foram considerados entre os mais memoráveis do século XX. Suas visões internacionalistas levaram a Etiópia a se tornar membro oficial das Nações Unidas, e sua experiência e pensamento político ao promover o multilateralismo e a segurança coletiva provaram-se relevantes até os dias de hoje. 


Este seu modo simbólico de juntar as mãos é um direito soberano do regente da linhagem do próprio rei e profeta Davi. Esse gesto de mãos não poderia ser usado por outra pessoa senão o verdadeiro herdeiro DEPOIS da coroação. Sem isso o gesto seria simplesmente falso. Algumas pessoas quiseram usá-lo para lembrar a vida de Hailé Selassié e para manifestar a esperança de que a monarquia retornasse de seu exílio nos Estados Unidos e se restabelecesse na Etiópia. Alguns fazem o gesto (inocentemente) por ignorância, mas em geral, isso não é habitual na sociedade etíope.


Sobre a visita de Hailé Selassié à Jamaica e sua relação com o movimento Rasta, leiam:
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 Sobre os últimos dias de Hailé Selassié (7 páginas) em:
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Um portal muito bom sobre a Cultura Jamaicana vocês encontram em:

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